Microbiologia é o campo fundamental para a compreensão dos agentes infecciosos que impactam a prática clínica diária.
Nesta categoria, reunimos conteúdos atualizados sobre bactérias, vírus, fungos e parasitas, abordando desde características estruturais e mecanismos de patogenicidade até métodos de diagnóstico laboratorial e resistência antimicrobiana.

Você encontrará:

  • Revisões sobre morfologia bacteriana, fisiologia microbiana e crescimento in vitro.

  • Discussões sobre a interpretação de exames microbiológicos, como culturas, antibiogramas e testes moleculares.

  • Atualizações em técnicas de identificação rápida, como MALDI-TOF e PCR em tempo real.

  • Análises práticas de resistência antimicrobiana, incluindo MBL, KPC, MRSA, ESBL, VRE, entre outros perfis.

  • Orientações sobre o uso racional da microbiologia na clínica médica e na escolha de antimicrobianos.

Os materiais são estruturados para apoiar o raciocínio clínico e laboratorial, sempre com base em evidências científicas sólidas e nas melhores práticas internacionais.
Este é o espaço ideal para quem busca aprofundar o conhecimento técnico em Microbiologia aplicada à Infectologia, Medicina Interna e áreas correlatas.

Streptococcus pneumoniae:

O Streptococcus pneumoniae é um coco Gram-positivo aeróbico, em forma de diplococos lanceolados, encapsulado e com alto potencial patogênico, especialmente em infecções do trato respiratório. É a principal causa de doenças como pneumonia adquirida na comunidade (PAC), otite média aguda, sinusite bacteriana e meningite bacteriana. A transmissão ocorre por meio de gotículas respiratórias, sendo a colonização da nasofaringe comum em crianças e adultos saudáveis (AUWAERTER, 2025).

Streptobacillus moniliformis:

O Streptobacillus moniliformis é uma bactéria Gram-negativa pleomórfica, que pode se apresentar em forma de bacilos alongados ou fusiformes, ocasionalmente em cadeias ou agrupamentos. Trata-se de um patógeno não encapsulado, de crescimento lento, frequentemente associado à Febre por Mordedura de Rato (RBF - Rat-Bite Fever), especialmente nos Estados Unidos, onde é a causa mais comum.

Stenotrophomonas maltophilia:

A Stenotrophomonas maltophilia é uma bactéria Gram-negativa não fermentadora, previamente conhecida como Pseudomonas maltophilia. Ela está amplamente distribuída no meio ambiente, sendo encontrada em água, solo e plantas. Esta bactéria é um patógeno oportunista de baixa virulência, mas frequentemente associada a infecções hospitalares, especialmente em pacientes críticos e imunocomprometidos. Sua capacidade de formar biofilmes em dispositivos médicos e desenvolver resistência durante a terapia torna seu manejo clínico desafiador (FABRE, 2025).

Staphylococcus aureus:

O Staphylococcus aureus é uma bactéria Gram-positiva, coagulase-positiva, que se apresenta em forma de cocos agrupados em cachos. É um dos patógenos mais comuns em infecções humanas, especialmente em contextos hospitalares e comunitários. A bactéria é responsável por uma ampla gama de doenças, que variam desde infecções de pele e tecidos moles até bacteremia, endocardite e pneumonia (AUWAERTER, 2025).

Estafilococos Coagulase-Negativa (CoNS):

Os estafilococos coagulase-negativa (CoNS) são um grupo heterogêneo de cocos Gram-positivos aeróbicos, que aparecem em agrupamentos e são encontrados predominantemente na pele e mucosas humanas. Diferentemente de Staphylococcus aureus, os CoNS são catalase-positivos, mas coagulase-negativos. São considerados patógenos oportunistas, principalmente associados a infecções relacionadas a dispositivos médicos e infecções hospitalares (AUWAERTER, 2025).

Sífilis:

A sífilis é uma infecção sistêmica crônica causada pela espiroqueta Treponema pallidum, transmitida principalmente por via sexual e vertical (mãe para filho). É considerada uma doença de evolução crônica, podendo permanecer assintomática por longos períodos. A sífilis continua sendo um grave problema de saúde pública, especialmente em populações vulneráveis e áreas de baixa cobertura de serviços de saúde (HAMILL; TUDDENHAM, 2025).

Leptospira spp.:

As bactérias do gênero Leptospira são espiroquetas Gram-negativas aeróbicas, pertencentes à família Leptospiraceae. São responsáveis por causar leptospirose, uma doença zoonótica amplamente disseminada em regiões tropicais e subtropicais. A infecção ocorre principalmente através do contato com água ou solo contaminados por urina de animais infectados, sendo os roedores os principais reservatórios. A leptospirose é considerada uma importante doença ocupacional e ambiental, especialmente em atividades agrícolas, industriais e recreativas (AUWAERTER, 2025).

ESPIROQUETA

O gênero Borrelia compreende várias espécies de espiroquetas Gram-negativas que causam doenças humanas, principalmente a Febre Recorrente (Relapsing Fever - RF) e a Doença de Lyme. A transmissão ocorre principalmente por vetores artrópodes, incluindo carrapatos e piolhos. As infecções por Borrelia podem se manifestar como doenças febris recorrentes ou crônicas, dependendo da espécie envolvida (AUWAERTER, 2025).

Espécies de Shigella:

As espécies do gênero Shigella são bacilos Gram-negativos aeróbicos, pertencentes à família Enterobacteriaceae. Elas são responsáveis pela shigelose, uma doença infecciosa caracterizada por diarreia aguda, frequentemente sanguinolenta, dor abdominal, tenesmo e febre. A transmissão ocorre predominantemente por via fecal-oral, através da ingestão de alimentos ou água contaminados ou por contato direto pessoa a pessoa.

Shigella dysenteriae:

A Shigella dysenteriae é uma bactéria Gram-negativa aeróbica, pertencente ao grupo A do gênero Shigella. Este patógeno é amplamente conhecido como causador de disenteria bacilar, uma forma grave de gastroenterite caracterizada por diarreia sanguinolenta, dor abdominal intensa e febre alta. A S. dysenteriae tipo 1 (SD1) é a espécie mais patogênica do gênero, devido à produção da toxina Shiga, uma citotoxina altamente potente capaz de causar destruição do epitélio colônico e complicações graves, como a síndrome hemolítico-urêmica (SHU) (CROWELL, 2025).