O Ministério da Saúde atualizou as orientações para a vigilância e controle do Oropouche no Brasil. Com base nos dados mais recentes, foram confirmados 11.695 casos positivos para o vírus Oropouche (OROV) até a 50ª semana epidemiológica de 2024, demonstrando uma expansão significativa da circulação viral para estados fora da região amazônica.
Contexto epidemiológico
Desde 2023, o Brasil tem observado um aumento expressivo nos casos de Oropouche, com transmissão autóctone identificada em quase todas as unidades federativas, exceto Rio Grande do Norte, Goiás, Distrito Federal, Paraná e Rio Grande do Sul. O Espírito Santo tem se destacado com o maior número de casos confirmados, concentrando 98,7% dos registros nas últimas semanas avaliadas.
Foram registrados também casos graves associados à infecção, incluindo óbitos, transmissão vertical e anomalias congênitas. Até o momento, foram confirmados quatro óbitos relacionados ao vírus, além de outros quatro em investigação.
Sintomas da doença
Os principais sintomas do Oropouche incluem febre, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, além de tontura, fotossensibilidade, náuseas e vômitos. Casos graves podem apresentar complicações neurológicas e sangramentos, exigindo acompanhamento médico especializado.
Medidas de prevenção
Para minimizar o risco de exposição ao vírus, as principais recomendações incluem:
- Uso de roupas protetoras, como calças e camisas de mangas longas;
- Instalação de telas e mosquiteiros em residências;
- Redução do contato com o mosquito transmissor, especialmente ao amanhecer e ao entardecer;
- Manutenção do ambiente limpo, evitando o acúmulo de material orgânico.
Gestantes devem adotar cuidados especiais, evitando áreas com alta infestação de mosquitos e atividades de risco.
Ações estratégicas
O Ministério da Saúde tem promovido debates e capacitações para fortalecer a vigilância e a assistência relacionadas ao vírus Oropouche. A publicação da Nota Técnica Nº 117/2024 é um marco importante, consolidando orientações atualizadas para profissionais de saúde e vigilância.
Para mais detalhes sobre as estratégias de enfrentamento da doença, convidamos você a baixar a Nota Técnica Nº 117/2024-CGARB/DEDT/SVSA/MS. Este documento fornece informações completas e diretrizes práticas para o combate ao Oropouche no Brasil.