A Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA) da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo divulgou um informe técnico detalhado sobre as medidas de prevenção e controle da transmissão da coqueluche em serviços de assistência à saúde. O documento, atualizado recentemente, reforça a importância da adoção de precauções específicas para evitar a disseminação da doença, especialmente em ambientes de saúde.
A coqueluche, uma infecção respiratória altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis, apresenta um período de incubação de 5 a 10 dias e pode ser transmitida através de gotículas de secreções respiratórias. Dada a gravidade da doença e sua capacidade de transmissão, especialmente entre crianças e indivíduos imunocomprometidos, a COVISA destaca a necessidade de implementação rigorosa de medidas de controle.
Principais Medidas de Prevenção e Controle:
- Precauções e Isolamento:
- Implementação de precauções respiratórias para gotículas durante 5 dias a partir do início do tratamento antimicrobiano apropriado.
- Nos casos não submetidos à antibioticoterapia, o isolamento deve ser mantido por 3 semanas.
- Acomodação dos casos suspeitos ou confirmados preferencialmente em quartos privativos ou, na ausência destes, em coortes separadas.
- Imunização:
- Vacinação com a vacina pentavalente e tríplice bacteriana (DTP) para crianças.
- Vacinação com dTpa para gestantes a partir da 20ª semana de gestação e para profissionais de saúde.
- Higiene e Uso de EPIs:
- Higiene rigorosa das mãos antes e após o contato com pacientes e equipamentos.
- Uso de máscara comum por todos que entram em contato com pacientes.
- Notificação e Monitoramento:
- Notificação obrigatória de casos suspeitos e confirmados de coqueluche em profissionais de saúde.
- Monitoramento de contatos por 21 dias a partir do último contato com um caso confirmado.
- Quimioprofilaxia:
- Indicação de quimioprofilaxia para prevenir casos secundários em profissionais de saúde expostos.
Este informe técnico, disponível para consulta no site da prefeitura de São Paulo, é parte de um esforço contínuo para garantir a segurança dos pacientes e profissionais de saúde, minimizando o risco de surtos de coqueluche em ambientes hospitalares.