fbpx

Ministério da Saúde Atualiza Tratamento da Hepatite C no SUS: Incorporação de Novos Esquemas Terapêuticos NOTA TÉCNICA Nº 280/2023-CGAHV/.DATHI/SVSA/MS

Brasília, 16 de Janeiro de 2024 – Em uma decisão inovadora que reforça o compromisso do Brasil com a saúde pública, o Ministério da Saúde anunciou a atualização dos esquemas terapêuticos para o tratamento da Hepatite C no Sistema Único de Saúde (SUS). A Nota Técnica Nº 280/2023 vem substituir a Nota Técnica Nº 30/2023 e estabelece novas diretrizes para o tratamento inicial e retratamento da Hepatite C, ampliando as opções de tratamento disponíveis para os pacientes.

Novos Esquemas Terapêuticos: Acesso Ampliado e Custo Reduzido

A recente aquisição dos medicamentos Sofosbuvir 400 mg e Daclatasvir 60 mg, feita por meio de Acordo de Cooperação Técnica com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), representa um avanço significativo. Este novo tratamento é 33% mais econômico do que o anterior esquema com Sofosbuvir/Velpatasvir, sem comprometer a eficácia. Essa mudança não apenas melhora o acesso ao tratamento, mas também reduz o impacto financeiro sobre o sistema de saúde.

Tratamento Pangenotípico: Uma Abordagem Mais Eficiente

Os esquemas terapêuticos atualizados são considerados pangenotípicos, o que significa que eles são eficazes contra todos os genótipos do vírus da Hepatite C (HCV). Isso simplifica o processo de tratamento, pois torna desnecessária a realização de exames de genotipagem pré-tratamento para escolha do esquema terapêutico.

Escore APRI: Uma Ferramenta Crucial no Tratamento

A Nota Técnica introduz o uso do escore APRI (Aminotransferase Platelet Ratio Index) como um método simples e eficaz para estadiamento hepático. Pacientes com APRI menor que 1 serão considerados sem cirrose para a escolha do esquema terapêutico, simplificando assim o processo de diagnóstico e tratamento.

Resposta Virológica Sustentada (RVS): O Indicador de Cura

A resposta virológica sustentada (RVS) permanece como o principal parâmetro para avaliar o sucesso do tratamento. Pacientes que atingem RVS são considerados curados, o que representa um marco significativo no combate à Hepatite C.

Tratamento para Crianças e Pacientes com Doença Hepática Descompensada

A Nota Técnica também aborda o tratamento para crianças menores de 12 anos e pacientes com doença hepática descompensada. Nestes casos, são fornecidas recomendações específicas, garantindo um tratamento personalizado e eficaz.

Impacto Positivo na Saúde Pública

Esta atualização nos esquemas terapêuticos da Hepatite C no SUS é um passo fundamental na luta contra uma das doenças virais mais desafiadoras. Ela não só amplia o acesso ao tratamento, mas também garante que os pacientes recebam a terapia mais eficaz e econômica disponível.

Disponibilidade dos Medicamentos e Suporte Técnico

A previsão é que os novos medicamentos estejam disponíveis a partir de novembro de 2023. Além disso, a partir de 1º de fevereiro de 2024, o Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM-Hepatites) seguirá as orientações desta Nota Técnica para dispensação dos medicamentos.

Conclusão

A Nota Técnica Nº 280/2023 é um marco na saúde pública brasileira, refletindo o compromisso contínuo do Ministério da Saúde com o fornecimento de tratamentos acessíveis e eficazes. Este avanço é um passo crucial na eliminação da Hepatite C como problema de saúde pública no Brasil.

Contato para Mais Informações:

Posts Relacionados

Medidas de Prevenção e Controle da Transmissão da Coqueluche em Serviços de Assistência à Saúde

A Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA) da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo divulgou um informe técnico detalhado sobre as medidas de prevenção e controle da transmissão da coqueluche em serviços de assistência à saúde. O documento, atualizado recentemente, reforça a importância da adoção de precauções específicas para evitar a disseminação da doença, especialmente em ambientes de saúde.

Nota Técnica Atualizada Sobre Quimioprofilaxia na Leptospirose: Orientações Importantes para Profissionais de Saúde em Áreas de Risco

Em resposta ao risco de leptospirose após enchentes, a Sociedade Brasileira de Infectologia e outras entidades atualizaram diretrizes de quimioprofilaxia. Baseadas em evidências recentes, desaconselham o uso rotineiro de antimicrobianos, exceto em casos de alto risco como para profissionais expostos a enchentes sem proteção adequada, onde doxiciclina ou azitromicina podem ser usados após avaliação médica.

Ministério da Saúde Implementa Estratégia Temporária para Maximizar Uso de Vacinas Contra Dengue

Novo Alerta de Saúde: Surto de Campylobacter Resistente em Homens que Fazem Sexo com Homens

Ministério da Saúde Divulga Boletim Epidemiológico Abrangente sobre Resistência aos Antimicrobianos no Brasil

SIREVA 2023

Pesquisar